sexta-feira, 24 de junho de 2011

De Volta ao Velho Mundo

Depois de quase um ano às traças, eis que reabro o "Open Dörr to the World". Obviamente, porque agora tenho motivos para tal.
Pois é amigos, dessa vez o Universo me trouxe até a Áustria. Isso, a terra do Arnold Schwarzalgumacoisa! 
Vou ficar morando em Viena de 23 de junho a 28 de agosto, e nesse período pretendo trabalhar como um cavalo (dessa vez vou ficar bem felizinha só trabalhando com os queridões miRNAs!!!) e me divertir deveras também!
Já pude perceber que Viena é uma cidade muito linda, cheia de história e coisas satisfatórias pra conhecer, então vamo que vamo!

A pequena jornada até aqui teve diversas paradas: de PoA a Guarulhos, daí Roma e por fim Vienna.
Os vôos foram relativamente tranquilos. Aquele chacoalhar tem um poder de me fazer dormir que é uma coisa linda! Entretanto, o vôo de São Paulo a Roma saía às 15h15, e os comissários de vôo (todos italianos) estavam fazendo "a situação funcionar" como se já estivéssemos na Europa. Assim, eram umas 16h30 no horário de Brasília (mas 21h30 na Itália) e eles nos socaram janta guela abaixo (que aliás não era rodízio de pizzas e massas como eu estava esperando, mas sim umas coisas totalmente sem graça e péssimas!!!). Depois, eles desligaram as luzes, tipo: DURMAM! Jura né. Apesar do sono latente tive que assistir um filme e um capítulo de Fringe antes de conseguir dormir tortamente.
Foi totalmente baldeação, mas ok.
Do aeroporto de Vienna peguei um busão deveras satisfatório até a Vienna WestBahnhof (que é a estação de trem da zona oeste da cidade, isso que significa a palavra ali). Dali peguei um taxi, que, pasmem, era uma super grande gigante e courística SUV da Mercedes. Pelamor! De qualquer forma, consegui chegar no dormitório, cujo nome é Haus Erasmus (hehehe). Aí embaixo tem uma foto da rua (Konengasse) onde fica. à esquerda, esse prédio meio rosado é a Haus Erasmus.


Meu dormitório é bem bacana, minha colega de quarto se chama Veronika e ela é eslovaca mas estuda em Cambridge. Aliás, esse curso tá mais parecendo colônia de férias do povo que estuda em Cambridge/ Oxford... tem uma tonelada deles!
Bom, passei a quinta-feira que cheguei tentando me acostumar com o fuso horário e lutando, porém sucumbindo, aos efeitos do jet lag. Dormi diversas horas, mas mesmo hoje (sexta), continuo bem cansada. Ainda bem que tenho o final de semana!

De qualquer forma, hoje foi um dia deveras satisfatório.
Fomos conhecer o Vienna BioCenter (onde acontece o programa), daí lá já teve várias coisas, tipo uma tarefa de escolha da estampa da camiseta do curso na forma de um concurso. Meu grupo, formado por designers super gabaritados, ganhou! RÁ! Obviamente durante a tarefa eles nos deram litros de café e toneladas de coisas de padaria. Como uma pessoa vai manter os quilos que perdeu???? Mas lutei bravamente, posso garantir!
À tarde um almoço, depois um tour pelo campus (aqui é realmente legal, num próximo post eu explico como funcionam as coisas por aqui), conheci minha chefe e meu lab (beeeeeem tri!!!), daí ainda tivemos duas lectures, mais uma social hour, e ainda um jantar super chique no centro de Viena, patrocinado pelo curso!
Não faço a menoooor ideia de tudo que comi, mas teve uma entrada mega satisfatória, que é essa da foto abaixo, tinha tipo várias saladas doidas e sei lá o que tudo.... Eu reconheci vagem e beterraba!!!


Não paravam de servir champagne também...


Por fim ainda teve um prato quente que a falsa gringa aqui pediu com POLENTA. Mas eu não gostei... tinha um bife com uma coisa MUITO ESTRANHA junto....nem comi tudo, mas o prato era bonito!


No final ainda teve sobremesa (PANACOTA, alguém conhece???) Era tipo um creme com uma geleia de frutas em cima, super boa. Bom, essa foi a extravagância da noite, posso dizer! Hahahah
Legal foi na volta, pegamos o "Underground" (que é o trem subterrâneo) de volta para o alojamento, e quando estávamos já caminhando o trechinho restante, tinha uma sinaleira. Só que aqui os pedestres, mesmo que não esteja vindo um carro sequer, não atravessam a rua caso a luz esteja vermelha para eles. Entretanto, a rua estava deserta, e o Omar (do Peru) tomou a frente e começou a atravessar, mesmo com a luz vermelha pra nós. Coincidentemente, começou a tocar UMA SIRENE DA POLÍCIA NA MESMA HORA! uahauhauah Tive que gritar "they're coming after us!!! Runnnnn!!!". Foi bem engraçado.

Buenas, acho que só vou falar isso por hoje, ainda preciso curar meu jet lag, e certamente durante o final de semana vou escrever mais coisas pra vocês!
Auf Wiedersehen!!!



domingo, 15 de agosto de 2010

O queijo, o chocolate e a caminhada

Bah me atrasei pra atualizar esse blog hein minha gente.
Fazer o que, final do programa chegando, Lab bombando e muita coisa pra organizar, acabou que meus poucos momentos de folga viraram um ode ao descanso hehehe. Mas vou recuperando o atraso, começando com a viagem bacanérrima que fizemos para o vale de Gruyère.
O nome pareceu familiar? Sim, amigos, o queijo mesmo. Fomos visitar a fábrica Maison Gruyère, onde ganhamos amostras grátis. A visita não foi lá essas coisas, vou ser bem sincera, mas o ambiente era bacana e bonito, e a visita à vila logo em seguida compensou a pequena decepção.
A vila de Gruyère, sem querer cair em clichês mas já caindo, é um charme só. Fica no topo da montanha, onde tem um castelo abraçando o vale por cima. Uma ruela estreita é encrustada de prédios fofos e com sacadas com flores e bandeiras da Suiça (fomos lá justamente dia 1º de Agosto, que é um dia muito importante na história da Suiça). Tenho pra dizer que essa vila tem o maior número de fondues por quilômetro quadrado. Não é brincadeira!! E em todos o preço é o mesmo, então é só escolher o que tu acha o mais bonitinho. E foi o que fizemos! Curtimos uma overdose de fondue e raclette de queijo num restaurante.




Nessa mesma vila tinha um museu que parecia meio deslocado. Aparentemente quem fez tudo que tem lá dentro é o criador de um personagem daquele filme Alien. Então tinha ETs e criaturas estranhas em metal por toda parte. E conectado ao museu tinha um bar inspirado na... coluna vertebral. Sim. O teto, as cadeiras, as mesas, tudo com reproduções de ossos (principalmente vértebras). Estranho, mas eu amei hehehe.


De lá pegamos o trem até a fábrica de chocolates da Cailler. Aí sim, amigos, a história foi bem diferente. A programação da visita era bem interessante, mas o que compensou mesmo foi a degustação de TODOS os chocolates da Maison no final. Eu não aguentava mais chocolate, mas ainda provava mais um porque sabia que no dia seguinte eu pensaria "bah, não comi AQUELE um, que arrependimento!!". Então toquei pra baixo todos aqueles sabores maravilhosos, cremosos, aveludados e perfumados com toda vontade :)
Ah, e claro, comprei várias barras de souvenir pra mim e meus amigos brasileiros hoho



Com tanta energia no corpo, precisávamos extravasar. Então eu e mais três gurias resolvemos, ao invés de pegar o trem de volta pra casa com o resto do povo, fazer parte do trajeto a pé até a próxima estação, isso subindo e descendo uma baita montanha. Fizemos hiking por assim dizer. E dos puxados!!! Pernas e energia pra que te quero.
Mas valeu a pena... paisagens lindas, sensação de liberdade, indiada das boas! Vimos um lago mais que lindo encrustado no meio das montanhas, mais vilarejos, várias vaquinhas com sinos no pescoço (sim, as vacas suiças realmente tem que carregar os sinos). 


Tínhamos uma hora limite para chegar à estação, porque iríamos pegar o último ônibus da noite. Quando vimos que tava vindo uma tempestade daquelas, resolvemos cortar o caminho e tentar pegar o ônibus uma estação antes. Descemos a montanha e aguardamos pacientemente o ônibus escondidas dentro de uma parada de ônibus cheirando a merda de vaca (com o perdão da palavra). Aiinda bem que achamos abrigo, porque a tempestade veio com tudo!!! Quando o ônibus chegou, o alívio foi algo absurdo. Com ele fomos até a estação de trem, onde esperamos quase uma hora pelo último trem até Lausanne. 


Nem preciso dizer como dormi bem aquela noite né amigos...

segunda-feira, 26 de julho de 2010

O Festival que não era de Jazz, mas tinha música boa

Esta foi minha primeira aventura fora da EPFL com o povo do meu Lab. Eles alegremente me convidaram para acompanhá-los no Paleo Festival, em Nyon, um dos mais tradicionais festivais suiços.


Peguei carona com uma pós-doutoranda, a Charlotte, e seu namorado, Thomaz (que, inclusive, nasceu em Recife, e lá morou por um ano. Papai português lhe ensinou nossa bela língua, então tivemos um papo mais caseiro, uma satisfação). A viagem que deveria durar 30 minutos levou 1h45min por causa do tráfego em função do festival. Como não queríamos perder um dos shows (da Olivia Ruiz), as moçoilas do veículo automotor (eu, Charlotte e a Chhavi) sairam do mesmo e literalmente pularam a cerca que dava acesso ao pátio do festival, enquanto o Thomaz produzia paciência para aguardar na fila e estacionar o carro.


Após enfrentar um engarrafamento humano na entrada do festival, fomos direto para o concerto da Olivia, que estava lindo, aliás. Não conhecia essa moça francesa, mas ela é bem bacana, toca umas músicas fofas e tinha um cenário super lindo com flores. A banda dela tinha alguns instrumentos bem diferentes, e eu adoooro isso, então estava bem faceira.



Thomaz conseguiu nos encontrar depois da Olivia, então rumamos para o show de um cara com voz de mulher esganiçando terrivelmente. Aguentamos o tanto que a chuva durou, já que  precisávamos de abrigo, hehehe. 
Depois desta gralha citada, encontramos o Bruno e fomos comer comida malasiana. Só digo uma coisa --> PIMENTA!!! Mas tava boa, sério. Principalmente depois que afoguei a pimenta com um delicioso cupcake chamado "Canelet de Bordeaux", feito de baunilha e rum, bem tostadinho por fora e fofo por dentro. Sabem a palavra que uso para estas situações né, então nem vou falar.
Nah, não tem como não falar... SATISFAÇÃO!!!


Em seguida demos uma volta no Festival (ele estava BOMBANTE, muita gente!!) e fomos ao show do Charlie Winston, que toca uma mistura de folk/pop/rock/blues. Me informei com o povo por lá, pelo jeito esse cara curte inovar bastante em cada cd, por isso ele não toca um único estilo musical definido. Foi super bom, dançamos e cantamos junto com o cara, bem divertido. Muito engraçado ver os super pesquisadores assim tão descontraídos. Não que no Lab tenha alguma seriedade, pelo menos no caso desse Lab, mas né é outra coisa num festival!
Demos mais umas voltas, nos jogamos no gramado ao redor de umas tochas de fogo que se movimentavam curtindo uma Rivella (o refrigerante fabricado e encontrado apenas aqui na Suiça) e conversando. Vou ter que comentar dessa interessante tenda de bebidas que tinha por lá... Em que outro lugar do planeta tem uma tenda de LEITE com o desenho de uma super vaca num festival de música? É, acho que só aqui mesmo...


Enquanto o animado Christophe e sua esposa grávida resolveram curtir o festival até o fim, eu eChhavi voltamos para Lausanne de carona com o Bruno (que aliás ficou fingindo que não lembrava onde estava o carro dele... e eu acreditei, já que caminhamos uns 900km até chegar no dito cujo!). Dormi que nem pedra no caminho de volta, e tenho para dizer que meus dois companheiros de carro ficaram bastante impressionados ao passar pelo Red Light District (lembram das prostitutas né?!) quando chegamos no Planète Bleue.
No outro dia tinha que estar "inteira" para o Lab, então dei um jeito de tomar banho e dormir. Mas valeu muito a pena essa indiada, sem dúvida. O Paleo foi 10.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Os jardins do lago

Domingo começou cedo, ensolarado e ventoso quando partimos com nossa trupe em direção a Morges, uma cidade vizinha de Lausanne. Pegamos o trem e, depois de uma viagem de 15 minutos, já estávamos nas ruas totalmente desertas de Morges. No caminho, encontramos uma linda rua com prédios com flores nas janelas e  charmosos cafés no térreo. Não resistimos e nos jogamos num lindo Tiramisu e um espresso no capricho. 

 
Chegando nas proximidades do lago, a coisa estava bombante. Todas as pessoas pobrezinhas que moram lá estavam desatracando seus 'barquinhos" para a volta de domingo pelo lago. Uma satisfação sem fim. O lago estava absurdamente azul e límpido, com gaivotas voando por tudo.

 
Achamos o Parque da Independência, que fica no ladinho do lago. Todo o esplendor da vegetação local, com lindas pontezinhas e trilhas fofas para uma boa caminhada. Fizemos algumas poses bastante interessantes perto do muro que separava o parque do lago, tudo com muito vento na cara e cabelos em pé. Lá que fizemos nosso pinquenique/almoço (que levamos junto, já que gastar 40 francos num prato de comida não entrava no nosso plano né minha gente).



Fomos para o cais e aguardamos nosso super navio para atravessar o lago e encontrar Yvoire, que é um vilarejo francês, do outro lado do lago. Ele era tri grandão, e cabia um catatau de gente lá dentro. Ainda bem que entramos cedo, porque nas outras paradas que ele fez (Nyon, por exemplo), entrou tipo meia ilha lá dentro. Todo mundo de pé!! 


Yvoire parecia de mentira. O cais era cheio de flores, e a primeira coisa que vimos foi o super castelo  medieval que tem lá, em cima de uma super pedra. Fiquei pensando: "meu chapéu, na idade média, as pessoas podiam cometer suicídio tão facilmente aqui!!!". Nos jogamos no sorvete!! Não tem como resistir, aqueles sorvetes coloniais, lindos e com sabores diferentes são chamativos e gostosos demais pra ficar se fazendo de difícil.


Fomos visitar o "Labirinto do Parque dos 5 sentindos", que é uma recriação do jardim do castelo medieval. São diversos pequenos jardins (cada um temático de um dos 5 sentindos) interligados por um labirinto. Não que tu possa se perder lá dentro, já que te dão um mapa na entrada, mas né, tá valendo. O jardim que mais gostei foi o do toque. Cada coisa bem esquisita!! Folhas e flores com texturas totalmente inesperadas. Bem bacana.


De lá fomos passear pelo vilarejo (aaaaallll de way up, haja pernas!!), onde tem 1 milhão de lojinhas com souvenires e coisas locais, como o conjuntinho de potes de mel aromáticos que comprei pra minha mãe :) Totalmente turístico o local, acho que isso é a única coisa que não curti, já que, como vocês já devem ter percebido, não gosto de locais "superpopulosos". 
Anyway, pudemos aproveitar muito a vista e a sensação de estar num lugar tão diferente e lindo em todos os cantos que se olhava.


Uma de nossas amigas tem uma energia que nunca vi na vida. Ela, no final do dia, ainda queria caminhar 1h30 pra ver um castelo. Aff ¬¬ eu e a Vladanka somos as duas velhinhas do curso, então nos permitimos ficar sentadas à beira do lago só curtindo o tempo passar, enquanto o resto do povo gastava mais algumas calorias por nós. O navio para nossa volta chegou às 18h45, e de lá fomos direto para Lausanne, totalmente mortas. Sim, amigos, só deitei o cabeção naquela mesa e me fui pros sonhos.
Chegamos em Lausanne, pegamos o trem e ainda caminhamos até o Planète Bleue. 21h chegamos em casa. Bacana foi ir tomar banho e ver as lindas marcas de sol por tudo. Testa rosa, pés com as marcas das sandálias, braços com a blusa tatuada forevis. Lindo!! Só ri de mim mesma, já que nada mais iria resolver, certo?

quinta-feira, 15 de julho de 2010

O Jazz que não era Jazz

Estava a Natália curtindo um dia de trabalho pesado no Lab, e eis que surge pelas maravilhas da tecnologia  (leia-se Facebook) um convite de um guri do curso para se unir a ele e mais alguns na visita ao Montreux Jazz Festival, em Montreux, uma cidade vizinha de Lausanne, também na beira do enorme lago Genebra (aliás, por alguma razão o lago também atende pelo nome de Lac Léman).
No fim das contas eles iam muito tarde para lá, porém a Kelli e o Tim (americana e britânico! legal dar nome aos bois para vocês ficarem imaginando a cena e os sotaques) iam mais cedo para aproveitar o pôr-do-sol (que no caso é às 21h) e nadar no lago. Será que eu fui com eles? hehehehe
A viagem por si só já foi de tiraro fôlego, porque o trem foi costeando o lago durante todo o trajeto, dando nuances lindas das montanhas, vinhedos, casinhas lindíssimas e muita, muita água. Chegamos a Montreux e fomos direto para o Festival, que acontece em tipo um parque na orla do lago. A quantidade de tendas de comida e coisas para vender, artistas de rua, shows ao ar livre, e, principalmente, PESSOAS, era uma coisa inacreditável. 

Como vocês podem ver pela figura, esse Festival já ocorre há muitos anos. Originalmente ele era um Festival de Jazz, de fato. Entretanto, hoje em dia tudo que é tipo de estilo musical se reúne lá em festejo à boa música e ao lazer que a mesma pode trazer.
Mas como eu ia dizendo, mal chegamos e já demos um jeito de achar um lugarzinho nas rochas para deixar nossas coisas e se jogar na água. E só digo uma coisa: eu moraria naquele lugar!! A água estava fantástica, super limpa, geladinha e agradável. Fiquei lá boiando que nem um cadáver (romantismo é sempre importante) durante uns bons minutos, e ficava olhando pra tudo aquilo tendo dificuldades de acreditar que era de verdade.



 Como de praxe, eu tive que fazer meus fiascos. Estava eu bem bela sobre uma rocha dentro d'água tirando fotos do pessoal, e eis que me movo delicadamente para o lado e escorreguei com tudo para dentro de um vão entre duas rochas. Bonita foi a cena de eu ter ficado com todo o corpo submerso,(incluindo nisso a cabeça), mas a mãozinha segurando a digital ficou firme e forte que nem um mastro para fora d'´gua. Nem preciso dizer do meu alivio!! Cortei minha perna e mão valendo, mas nada que a vista não compensasse.
Saimos da água e fomos curtir um prato de Paella ótima que tinha lá pra comprar. Como o lugar tava realmente cheio, fomos sentar nas rochas mesmo para poder comer com calma. (Claro que não fomos os únicos a pensar nisso né).


Em seguida foi a hora do sorvete Mövenpick. Na minha modesta opinião, nenhum ser humano poderia morrer sem provar um desses. Óbvio que eu escolhi o sabor "Swiss Chocolate". E realmente vinham pedaços gigantescos do mais delicioso chocolate suíço dentro daquele sorvete. Eu tava nas nuvens, meu chapéu!

Terminando o sorvete nos deslocamos no meio da multidão para assistir o dito cujo show do Wax Tailor. O Tim já tinha me avisado que ele tocava tipo um "eletronic-jazz-rock". Whetever that would be, eu estava contando com pelo menos um piano ou um saxofone. Quando entramos naquele Jazz Cafe, comecei a desconfiar de que ali fosse ter qualquer coisa semelhante a jazz, porque tudo se assemelhava a uma boate mesmo, com tudo de mais chato que esses lugares têm (sim, sou meio claustrofóbica). Mas né, continuei na expectativa. Mover-se era algo difícil, quem dirá respirar, mas ainda demos uma chance. Quando apareceu o dito cujo Wax, só pensei: aff ¬¬.
Lá foi a Natália "curtir" música eletrônica da mais estranha possível. O mais próximo de música que aquilo tinha era uma moça tocando uma flauta (o que me lembrou um certo amigo meu, mas isso não vem ao caso, né Christian Grieffenhagen!!!). Meu pé foi dilacerado umas boas tantas vezes, outro tchê me derrubou do meu banquinho e o outro fez umas tentativas estranhas de me mover. Mas enfim. Tava curtindo igual. O jeito é dar risada.
Bateu 23h15 demos um jeito de sair correndo para pegar o trem das 23h30 (só assim chegaríamos em Lausanne a tempo de pegar o trem pra casa!). Deu tudo certo, mas claro que tivemos que passar novamente pelo "Red Light District", onde as mais estranhas prostitutas se reúnem para celebrar a vida. Ou seja lá o que eles ficam fazendo lá paradas.


Encontrar minha cama foi algo fora de sério. Ruim foi o ataque de cãimbra mais perto da manhã, que reverteu-se numa perna meio mancante o dia inteiro. Mas o que ficou na memória foi o lago, o pôr-do-sol, a Paella, o sorvete e a companhia. Com isso, quem se importa com música ruim e dor na perna? Eu é que não!

Cartaz de divulgação do Montreux Jazz Festival tirei daqui: http://genevalunch.com/files/2009/11/montreux_jazz_festival_poster_2010_romero_britto.jpg
E a figura dos maravilhosos sabores de sorvete Mövenpick daqui: http://sarahinsuisse.files.wordpress.com/2010/03/movenpick-flavours.jpg

terça-feira, 13 de julho de 2010

Suiça: o lago

Como vir pra a área do lago Genebra e não ir visitá-lo logo na primeira semana?
Imposssible!
Então, após a jornada da manhã que eu contei no último post, fomos em uma trupe até o lago no meio da tarde. Resolvemos viver perigosamente e ir a pé mesmo, tentando se achar nesses mapinhas da cidade. Parecia a mãe pata (a Kelli, no caso) e os patinhos (nós, no caso) atrás. Se bem que valeria a pena se perder naqueles bairros residenciais que passamos. Até brincamos: aqui todas as casas são daquele tipo que exclamamos "nossa, com uma casa dessas eu tava feliz!!!".
O fim da "linha" desembocou num quintal de uma casa. #fail? Que nada! Um rapaz suiço muito simpático apareceu detrás da moita (sim, foi detrás da moita mesmo): "vocês querem que eu abra o portão para vocês irem ao lago?". \o/
Daí foi só atravessar a rua, que chegamos num camping. Aqui o lago é a praia dos suiços mesmo, então tem uma orla de uma areia esquisita, e essas áreas enormes de camping onde as pessoas fazem churrasco, se jogam em toalhas e fazem piquiniques, como nós fizemos.
Eu só queria saber de entrar na água! Assim que apareceu a oportunidade, eu e o povo nos bandiamos para lá, apesar do mau tempo se aproximando.
Banho de lago é totalmente diferente. Não tinha correnteza praticamente, a água era meio fria no começo, e o chão era todo de pedrinhas perfeitas para resvalar. Começaram raios e trovões, eu e mais alguns resolvemos permanecer alguns minutos ainda, para ver se melhorava, mas necas.


Valeria a pena explicitar aqui a surpresa das pessoas diante da minha canga, quando a coloquei ao sair da água. Aquilo simplesmente era um artigo nunca visto antes na face da Terra!!! Todas as gurias pra mim: mas tu pode andar por aí com isso? ai que lindo, também quero! posso fazer assim como tu fez mas com minha toalha normal? Chegaram a fazer roda na minha volta, vê se pode!! Dei um jeito de escapulir sorrateiramente.
Depois, o jeito foi voltar pra casa, dessa vez de ônibus e trem (já debaixo de chuva). Sim, amigos, o caminho de volta é ladeira acima, daí.... esquece! Lindo foi meu ataque de soluço no metrô. Meus lindos amigos acharam bonito ficar me olhando esperando eu dar o próximo soluço. Senti olhares de compaixão dos outros habitantes do metrô, mas isso não ajudou em nada o soluço parar, obviamente.


Mas né minha gente, mesmo por pouco tempo, o lago valeu a pena. A vista é linda, com as montanhas beirando a orla oposta, alguns barquinhos e cais.
O próximo final de semana que me aguarde, porque eu vou voltar lá certo!!!

domingo, 11 de julho de 2010

Suiça: o mercado e a catedral

Depois de passar a primeira semana de estágio no Lab trabalhando feito um cavalo, lendo pra caramba, preparando minha apresentação de projeto (que foi na 6ª feira), indo dormir à 1h30 e acordando cedo TODOS OS DIAS, a visualização do final de semana se assemelhava a um oasis para mim.
Já começou bem na 6ª mesmo, depois da apresentação. Eu estava praticamente dando saltinhos de alegria. Logo em seguida tivemos um aperitif com o pessoal do programa de verão da University of Lausanne (UNIL), que é nossa "vizinha" (Lausanne é conhecida pela sua produção científica, principalmente na área de tecnologia).
Tava tudo tão bom!!! Tinha um monte de sanduíches com recheios fantásticos (de salmão, uns enrolados estranhos com coisas indecifráveis dentro, mas né, só fui comendo), e uns doces lindos e deliciosos, como vocês podem apreciar na foto que segue. Ah, e tinha vinho, super bom!!


Me bandiei de volta pra casa de trem com algumas gurias, fiquei no computador um tanto e dormi como nunca depois!!
No sábado de manhã, fiz um esforço tremendo e acordei às 8h45 para ir bater perna na cidade, já que no domingo está tudo fechado por aqui. Fomos em uma pequena trupe seguindo as ruelas da cidade, tirando fotos... é indecifrável a sensação de estar em um lugar tão diferente.


Achamos a feira no meio daquelas ruelas, e era tudo lindo, fresco, tanta variedade! Comprei alguns vegetais, cerejas e um mix de frutas secas delicioso (faço nem ideia de tudo que tem lá dentro... sei que tem morangos e framboesas secas, amêndoas, castanhas... mas o resto eu nunca vi na minha vida).


Seguimos as escadas (Lausanne tem diversos patamares, como se a cidade tivesse sido construída em andares mesmo... isso privilegia vistas bacanas) e encontramos a catedral (aquela mesma do festival) no topo, de onde pudemos ver toda Lausanne. Infelizmente tinha um pouco de "neblina" (não sei o que é ao certo...), então era difícil ver o lago e as montanhas, mas rendeu boas fotos mesmo assim.


 

Uma parte do pessoal foi visitar o museu de história (ok, nisso eu tive que ser bem franca... não curto história nem um pouco, e estava com fome). Eu e a minha companheira Vladanka voltamos pra feirinha, passamos em lojas em promoção (estamos na época certa!!!), compramos umas saladas e seguimos pra casa para almoçar e descansar um pouco, antes da jornada ao lago :)
To be continued...