quinta-feira, 15 de julho de 2010

O Jazz que não era Jazz

Estava a Natália curtindo um dia de trabalho pesado no Lab, e eis que surge pelas maravilhas da tecnologia  (leia-se Facebook) um convite de um guri do curso para se unir a ele e mais alguns na visita ao Montreux Jazz Festival, em Montreux, uma cidade vizinha de Lausanne, também na beira do enorme lago Genebra (aliás, por alguma razão o lago também atende pelo nome de Lac Léman).
No fim das contas eles iam muito tarde para lá, porém a Kelli e o Tim (americana e britânico! legal dar nome aos bois para vocês ficarem imaginando a cena e os sotaques) iam mais cedo para aproveitar o pôr-do-sol (que no caso é às 21h) e nadar no lago. Será que eu fui com eles? hehehehe
A viagem por si só já foi de tiraro fôlego, porque o trem foi costeando o lago durante todo o trajeto, dando nuances lindas das montanhas, vinhedos, casinhas lindíssimas e muita, muita água. Chegamos a Montreux e fomos direto para o Festival, que acontece em tipo um parque na orla do lago. A quantidade de tendas de comida e coisas para vender, artistas de rua, shows ao ar livre, e, principalmente, PESSOAS, era uma coisa inacreditável. 

Como vocês podem ver pela figura, esse Festival já ocorre há muitos anos. Originalmente ele era um Festival de Jazz, de fato. Entretanto, hoje em dia tudo que é tipo de estilo musical se reúne lá em festejo à boa música e ao lazer que a mesma pode trazer.
Mas como eu ia dizendo, mal chegamos e já demos um jeito de achar um lugarzinho nas rochas para deixar nossas coisas e se jogar na água. E só digo uma coisa: eu moraria naquele lugar!! A água estava fantástica, super limpa, geladinha e agradável. Fiquei lá boiando que nem um cadáver (romantismo é sempre importante) durante uns bons minutos, e ficava olhando pra tudo aquilo tendo dificuldades de acreditar que era de verdade.



 Como de praxe, eu tive que fazer meus fiascos. Estava eu bem bela sobre uma rocha dentro d'água tirando fotos do pessoal, e eis que me movo delicadamente para o lado e escorreguei com tudo para dentro de um vão entre duas rochas. Bonita foi a cena de eu ter ficado com todo o corpo submerso,(incluindo nisso a cabeça), mas a mãozinha segurando a digital ficou firme e forte que nem um mastro para fora d'´gua. Nem preciso dizer do meu alivio!! Cortei minha perna e mão valendo, mas nada que a vista não compensasse.
Saimos da água e fomos curtir um prato de Paella ótima que tinha lá pra comprar. Como o lugar tava realmente cheio, fomos sentar nas rochas mesmo para poder comer com calma. (Claro que não fomos os únicos a pensar nisso né).


Em seguida foi a hora do sorvete Mövenpick. Na minha modesta opinião, nenhum ser humano poderia morrer sem provar um desses. Óbvio que eu escolhi o sabor "Swiss Chocolate". E realmente vinham pedaços gigantescos do mais delicioso chocolate suíço dentro daquele sorvete. Eu tava nas nuvens, meu chapéu!

Terminando o sorvete nos deslocamos no meio da multidão para assistir o dito cujo show do Wax Tailor. O Tim já tinha me avisado que ele tocava tipo um "eletronic-jazz-rock". Whetever that would be, eu estava contando com pelo menos um piano ou um saxofone. Quando entramos naquele Jazz Cafe, comecei a desconfiar de que ali fosse ter qualquer coisa semelhante a jazz, porque tudo se assemelhava a uma boate mesmo, com tudo de mais chato que esses lugares têm (sim, sou meio claustrofóbica). Mas né, continuei na expectativa. Mover-se era algo difícil, quem dirá respirar, mas ainda demos uma chance. Quando apareceu o dito cujo Wax, só pensei: aff ¬¬.
Lá foi a Natália "curtir" música eletrônica da mais estranha possível. O mais próximo de música que aquilo tinha era uma moça tocando uma flauta (o que me lembrou um certo amigo meu, mas isso não vem ao caso, né Christian Grieffenhagen!!!). Meu pé foi dilacerado umas boas tantas vezes, outro tchê me derrubou do meu banquinho e o outro fez umas tentativas estranhas de me mover. Mas enfim. Tava curtindo igual. O jeito é dar risada.
Bateu 23h15 demos um jeito de sair correndo para pegar o trem das 23h30 (só assim chegaríamos em Lausanne a tempo de pegar o trem pra casa!). Deu tudo certo, mas claro que tivemos que passar novamente pelo "Red Light District", onde as mais estranhas prostitutas se reúnem para celebrar a vida. Ou seja lá o que eles ficam fazendo lá paradas.


Encontrar minha cama foi algo fora de sério. Ruim foi o ataque de cãimbra mais perto da manhã, que reverteu-se numa perna meio mancante o dia inteiro. Mas o que ficou na memória foi o lago, o pôr-do-sol, a Paella, o sorvete e a companhia. Com isso, quem se importa com música ruim e dor na perna? Eu é que não!

Cartaz de divulgação do Montreux Jazz Festival tirei daqui: http://genevalunch.com/files/2009/11/montreux_jazz_festival_poster_2010_romero_britto.jpg
E a figura dos maravilhosos sabores de sorvete Mövenpick daqui: http://sarahinsuisse.files.wordpress.com/2010/03/movenpick-flavours.jpg

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